
Quando sinto que perdi o chão, a esperança, a confiança e sinto que vou ser esmagada pela sensação de rejeição, frustração, perda e tristeza, entro em auto-sabotagem e fingo uma displicência silenciosa aterradora.

Apaixono-me por alguém que não consigo, não quero controlar e evito ao máximo entrar em jogos de razão e poder.
Pelos braços fortes capazes de me aguentar e de me defender.
Pela águia capaz de voar mais alto que eu.
Pelo menino que quero acariciar e cuidar.
Apaixono-me num filme romântico em que por trás de um grande Homem está apenas uma Mulher Feminina que se entrega, num cenário de doçura, ternura, desejo e paixão.
Sou a Guerreira agressiva e defensiva das 09:00h às 06:00h mas tiro a armadura quando chego a casa.
Por isso admito a minha vulnerabilidade, fraqueza e sensibilidade na paixão e no Amor.
Admito que não tenho a força nem a estrutura emocional para acompanhar personalidades demasiado fortes quando a minha está demasiado frágil.
Não sei como se luta por alguém que não nos pode pertencer.
Não sei como se faz quando o que sinto é demasiado grande para caber numa realidade bem limitada.
Não sei como se faz quando se sente o chão a fugir, o céu a desabar e as mãos a suar.
Não sei como se está com alguém que já não está lá.
Não sei estar na vida do outro como uma intrusa.
Não sei competir com outras mulheres muito mais mulheres que eu.
E aconteceu o que não era suposto acontecer: pela segunda vez na vida aconteceu e percebi que não mudei assim tanto desde os 17 anos.
Mea culpa
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