terça-feira, 3 de novembro de 2009

Livre Arbitrío

Eu gosto de balanços e balancetes
É importante espreitar a nossa história pessoal

Podia ter sido freira, escoteira sénior, boa rapariga
E ter uma vida dedicada aos outros
Podia ter ido para o conservatório ensinar o solfejo
E ter uma vida estupidamente serena
Podia ter sido punk, gothica ou surfista
E ser rebelde inconsciente
Podia ter sido programadora de sistemas complicados
E ser alucinada por wasp's e byte's
Podia ter casado com o primeiro namorado
E ter uma vidinha
Podia ser uma noctívaga boémia
E ter-me perdido
Podia continuar com um sociabilíssimo apelido de casada
E esconder as nódoas negras
Podia ter entrado para listas elegíveis
E supostamente ter poder
Podia dedicar-me ao prazer fácil
E ver a vida na horizontal
Podia ter continuado na Foz
Mas fechadinha à chave

Não digo que não senti culpa, arrependimento, mágoa e medo
Ou que fiz as opções correctas, que sempre fui feliz
Acredito que estar vivo é aceitar o que a vida tem para nos oferecer
Que o nosso caminho é feito de opções
E a isto eu não chamo Destino ou Determinismo mas Livre Arbítrio
(ou Karma... mas isso é outro post)

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