
Por falar em fantasmas, também tenho alguns.
E também é a escrever sobre eles que se resolvem ou desaparecem, aos poucos, devagar.Sempre tratei os meus gatos como se fossem meus filhos, por serem criaturas que dependiam em quase tudo de mim.
Infelizmente morreram quase todos atropelados à porta de casa.
E lembro-me de duvidar apenas uma vez, da minha fé em Deus.
Estava no meu quarto, ouvi um carro a travar bruscamente, tapei os ouvidos com força e rezei!
Pedi a Deus que não tivesse sido a minha gatinha preta, pedi a Deus que ela tivesse conseguido ser mais rápida que o carro, pedi a Deus que não tivesse acontecido aquilo que aconteceu.
E duvidei...
Anos mais tarde, fui atropelada em Belém
Como a minha gatinha preta
E não senti dor, não senti a pancada, não sofri
Simplesmente adormeci
E por acaso acordei, deitada na estrada
E percebi que os meus filhotes não sofreram nem sentiram dor ao morrer.
Deus tem destas coisas.
Diz as coisas de uma forma estranha.
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