“Ceux de qui la conduite offre le plus à rire
Sont toujours sur autrui les premiers à medire”.
Moliére
“Muitos nascem: poucos vivem.
Os homens sem personalidade são inumeráveis e vegetam, moldados pelo meio, como cera fundida no cadinho social.
Pela sua moralidade de catecismo e a sua inteligência quadriculada, constrangem-se a uma perpétua disciplina do pensamento e da conduta.
O homem medíocre é uma sombra projectada pela sociedade; é por essência, imitador e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho, reflectindo rotinas, preconceitos e dogmatismos reconhecidamente úteis para a domesticidade."
Os homens medíocres, afirma Ingenieros:
“São rotineiros, honestos, mansos; pensam com a cabeça dos outros, codividem a hipocrisia moral alheia, e ajustam o seu carácter às domesticidades convencionais.
Estão fora da sua órbita o engenho, a virtude e a dignidade, privilégio dos carácteres excelentes; sofrem, por isso desdenham-nos.
São cegos para as auroras; ignoram a quimera do artista, o sonho do sábio e a paixão do apóstolo.
Condenados a vegetar, não suspeitam que existe o infinito, para além dos seus horizontes.
O horror do desconhecido ata-os a mil preconceitos tornando-os medrosos e indecisos; nada aguilhoa a sua curiosidade; carecem de iniciativa e olham sempre para o passado, como se tivessem olhos na nuca.
São incapazes de virtude; ou não a concebem ou lhes exige demasiado esforço.
Não vibram com tensões mais altas de energia; são frios, embora ignorem a seriedade; apáticos, sempre acomodativos e desequilibrados.
Não sabem estremecer num calafrio, sob uma carícia terna, nem desencadear de indignação perante uma ofensa.
Não vivem a sua vida para si mesmos, senão para o fantasma que projectam na opinião dos seus semelhantes.
Trocam a sua honra por uma prebenda e fecham a sua dignidade à chave para evitar o perigo; renunciaram a viver em vez de gritar a verdade em face do erro de muitos.
Quando se arrebanham, são perigosos. A força do número supre a debilidade individual.
São prosáicos.
Não têm ânsias de perfeição: a ausência de ideias impede-os de pôr nos seus actos, o grão de sal que profetiza a vida.
Vivem uma vida que não é viver.
Crescem e morrem como plantas; não necessitam ser curiosos, nem observadores.
São prudentes, por definição, de uma prudência desanimadora.
Desprovidos de asas e de penacho, os carácteres medíocres são incapazes de voar até um píncaro ou de lutar contra um rebanho.
A sua vida é uma perpétua cumplicidade à vida alheia.
São refractários e hostis a todo o gesto digno.
Vivem dos outros e para os outros: Carecem de luz, de arrojo, de fogo, de emoção.
Tudo neles é emprestado.
O maldizente, covarde entre todos os envenenadores, está certo de sua impunidade: por isso, é desprezível.
Não afirma: insinua.
Mente com espontaneidade, como respira.
Sabe seleccionar o que vai convergir com a detracção.
Sem covardia, não há maldizência.
Aquele que pode gritar, face a face, uma injúria, aquele que denuncia em voz, aquele que aceita os riscos dos seus dizeres não é maldizente.
A ironía é a perfeição do engenho, uma convergência de intenção e sorriso, aguda na oportunidade, justa na medida.
É-lhe mais fácil ridicularizar uma acção sublime.
O Homem Medíocre José Ingenieros
"Os estúpidos merecem um bilhete de identidade próprio, porque são eles que sustentam a estupidez colectiva"
O Zahir
sábado, 31 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Esta sou eu
Ascendente Aquário
4 Posições em Escorpião
3 Posições em Virgem
E não é facil ser Eu - qualquer Escorpião sabe do que falo.
É verdade que nas relações sou Tudo ou Nada!
Possessiva, Ciumenta, Controladora.
Possessiva, Ciumenta, Controladora.
É verdade que sou Apaixonada e Ansiosa por emoções e sensações intensas até ao limite e ao fundo de tudo!
Vou do Escaldante ao Glacial em 3 segundos.
E tudo o mais que podem lêr aqui:
Para equilibrar o cenário, ou não... tenho o Sol em Balança
Que me dá o profundo prazer pela Harmonia e namoro - sou incapaz de magoar o outro - o equilibrio e optimismo, apura-me o constante sentido de justiça e de bom senso mas aumenta a sensibilidade, o romantismo e os sonhos.
Para refrear as emoções tenho o Ascendente em aquário
Sufoco só de me imaginar presa, adoro novidades e viajar, sou altruista, pragmática, mas tenho reforçada a frieza de esquecer e racionalizar situações.
As 3 posições em Virgem são o meu lado metódico, organizado e perfeccionista .
Dificilmente me permito errar no trabalho e sou incapaz de viver na confusão.
Infelizmente reforça o sentido estupidamente critico a tudo e a todos, a seriedade, o que faz de mim uma rabugenta mal disposta.
Como acredito que todos viemos aqui para evoluir e para nos tornarmos melhores pessoas do que fomos ontem, é essencial conhecermo-nos o melhor possivel para tentar identificar cada ponto de carácter a corrigir.
A Astrologia é só mais uma ferramenta e é mais simples que a terapia num psi qualquer, habituado a rotular cada emoção como um desvio qualquer com um nome qualquer.
É verdade, é a minha natureza.
Lutar contra ela e fingir ser diferente é cansativo e desgastante por tão ambigúa que é.
Lutar contra ela e fingir ser diferente é cansativo e desgastante por tão ambigúa que é.
Quem disse que viver, sentir e evoluir era fácil?
A minha aldeia é Lisboa
Sorte a minha..."fiz bem" em ter nascido na A#$%%&, em 1970
A minha aldeia é Lisboa.
Os meus primeiros anos em paredes meias com o palácio, na educação leal de irmãs salesianas e outros tantos com a honra e liberdade de ser escoteira
Aprendi cedo que não existe melhor sitío para dormir que dentro de uma tenda debaixo de uma árvore - a fazer nós de marinheiro, ler sinais de pista, cantar à volta de uma fogueira e fazer uma boa acção por dia
Esfolei os joelhos a correr e a andar de bicicleta na minha Travessa
Aventurei-me pelos cantos de Lisboa e aprendi o nome de cada rua, com os olhos abertos de quem descobre tudo pela primeira vez
Com as aulas de piano no Restelo descobri a musica antiga e sonhei...
Mais tarde, a loucura da adolescência em plenos anos 80, com as matinés no Crazy Nights e no Loucuras, a dançar um slow a meio da tarde
E os rapazes da minha rua...
E os pactos de sangue de amizade eterna entre 4 amigas
Ao som de Smiths, Bauhaus, Jesus & Mary Chain ou All About Eve e Phil Collins
Das primeiras saídas à noite para o Coconuts e apanhar o primeiro comboio do dia
As noites longas no Seagull e Sociedade Anónima
Das aventuras naífs no Bairro Alto no Frágil e Ocarina ao cheiro de um fado
Os namoricos de praia
As tardes no Dafundo, as madrugadas nos Bolos Quentes de Santos, o conforto de uma caldo verde e um pão com chouriço antes de dormir
Os gritos pelo Freitas na Alameda
Os concertos na Torre de Belém, Aquaparque e Alvalade
As promessas do primeiro amor num banco de Belém, em cada jardim de Lisboa, de mãos dadas pelas Serras a subir ao cimo de todos os castelos
Aquelas noites motards na Mexicana, Vela Latina, da Santomar, do Abel, do jardim Conde Valbom
Os passeios de mota ao domingo pelo Cabo da Roca, Sintra, Ericeira e Arrábida
Almoços no Algarve, pela recta de Palmela a 270 Km/h com o vento a bater na cara e a sentir a vida por um fio
O maior desgosto de amor - que durou vinte anos mas que me devolveu a fé em Deus
As minhas fugas para a serra encantada do monte da lua pelas 9:00h da manhã na tentativa de aliviar a dor e perder o mêdo do futuro
Mais noites do Alcântara Mar, Adlib, Sub-Solo, Vicío, Plateau, Kremlin, Clube T, Jonhy guitar e Kapital
Novas paixões nas praias da Adrága e Baleal
O privilégio de ter casado ao crepúsculo do dia, numa capela quinhentista
Os passeios de lancha por Vilamoura
O cansaço definitivo das festas frívolas e da noite social e barulhenta
O indescritivel prazer em ouvir Canto Gregoriano na Sé ou um recital de Harpa na Sala do Trono
Os aromas da Golegã
A decisão amarga de viver numa cidade de mentes pequenas
A paixão pela Galiza e a descoberta de Santiago onde me sinto mais próxima do Divino
A vida nesta Ilha Celta, cor de esmeralda, onde em cada muro de musgo sobressai uma flor azul
Nesta cidade Georgiana que me trouxe de volta os encantos e me leva a insistir na importância da doçura e da ternura
E a certeza de que mesmo que viva em dez cantos diferentes do mundo, a minha aldeia será sempre Lisboa
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Em Reflexão

Durante vários dias, os carregadores apressaram o passo.
Certa tarde sentaram-se todos no chão e depositaram os seus fardos, recusando-se a continuar.
Por mais dinheiro que lhes fosse oferecido, os indígenas não se moviam.
Quando, finalmente, o explorador pediu uma razão para aquele comportamento, eles responderam:
-Andámos muito depressa e já não sabemos o que estamos a fazer.
Agora precisamos de esperar que as nossas Almas nos alcancem"
Paulo Coelho in Maktub
Vou-me sentar e fechar os olhos...
Sentir o coração a pulsar
Os pulmões a respirar
As pálpebras a abrir e a fechar
O cabelo e as unhas a crescer
O Inverno a chegar
Até que a minha Alma me alcance o corpo outra vez
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Humildade
“Não se esqueça: jamais seja arrogante com os humildes.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
VERDADEIRAMENTE HOMEM
Um homem é verdadeiramente um homem quando faz a sua mulher revelar-se, sem medos ou vergonhas, sem tabus ou preconceitos, quando um olhar seu lhe diz mais que mil elaboradas palavras de paixão, quando a única coisa que a mulher reivindica é não querer mais ninguém nunca mais no seu corpo e no seu leito.
domingo, 18 de outubro de 2009
"Como é que se esquece alguém que se ama?
Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver?
Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar?
Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. as pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar.
Sim, mas como se faz?
Como se esquece?
Devagar.
É preciso esquecer devagar.
Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre.
Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus mas não se podem despejar de repente.
Elas não saem de lá. Estúpidas!"
in Último Volume, Miguel Esteves Cardoso
Porque me apetece
Porque me apetece. Esta explicação, de uma profundidade a que a filosofia não pode aspirar, resume a essência da vida.
Quando uma mulher, depois de ponderosos e longos arrazoados de inspiração profunda, decide, de repente, "não me apetece".
Faz o contrário do aconselhado e deita a filosofia às urtigas.
Quando uma mulher, depois de ponderosos e longos arrazoados de inspiração profunda, decide, de repente, "não me apetece".
Faz o contrário do aconselhado e deita a filosofia às urtigas.
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