"Vocês criaram o constrangimento, a repressão e a vergonha sexual - que conduziram à inibição, disfunção e à violência sexual.
O ser humano revolta-se porque sabe que não devia sentir vergonha e culpa de algo que é tão bom.
Depois quando percebe que foi ludibriado - que a sexualidade deve ser uma parte maravilhosa, respeitável e gloriosa da experiência humana - revolta-se contra os outros: os pais por o reprimirem, a religião por o humilhar, os membros do sexo oposto por o desafiarem e a sociedade inteira por o controlar.Por fim revolta-se contra si proprio por permitir que tudo issso o iniba.
Tudo isto emergiu do pensamento de que quem tem filhos também tem que os criar
Um dos pensamentos na base de muitos dos vossos problemas é essa ideia de que conjuges e filhos são propriedade pessoal, que são "vossos".
A maior parte dos humanos não está preparado para criar filhos aos trinta ou aos quarenta - e não é de esperar que estejam. Ainda não viveram tempo suficiente como adultos para transmitirem a sabedoria profunda aos filhos. Os anos da juventude nunca se destinaram ao ensinamento da verdade mas à recolha da verdade.
São os mais velhos que deviam educar as crianças e estavam destinados a isso. São eles que conhecem a verdade e a vida. O que é importante e o que não é. O significado de integridade, honestidade, lealdade, amizade e Amor.
Mas vocês puseram-nos de parte, marginalizaram-nos, retiraram-lhes o poder, exigiram-lhes que se reformassem dos seus empregos precisamente quando podiam trazer beneficio às empresas, quando a sua participação poderia dar algum sentido."
in "Conversas com Deus"
domingo, 23 de maio de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Concertos de Páscoa
É exaltante e tão sorridente este coral, Aleluia, do oratório Messias.
Haendel escreveu-o para a Páscoa, e estreou-o, aqui em Dublin, a 13 de Abril de 1742, utilizando apenas 16 cantores e uma pequena orquestra.
Tive a sorte de o assistir no Palácio da Vila, naquilo que na altura eram os "Concertos de Páscoa"
Haendel escreveu-o para a Páscoa, e estreou-o, aqui em Dublin, a 13 de Abril de 1742, utilizando apenas 16 cantores e uma pequena orquestra.
Tive a sorte de o assistir no Palácio da Vila, naquilo que na altura eram os "Concertos de Páscoa"
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
"O Fim da Linha" por Mario Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento.
O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa.
Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor.
Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”).
Fui descrito como “um profissional impreparado”.
Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”.
Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo.
É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”.
É banal um jornalista cair no desagrado do poder.
Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado.
Sem essa dialéctica só há monólogos.
Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar.
Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade.
Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados.
Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”.
Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre.
Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu.
O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público.
Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu.
Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.
O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa.
Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor.
Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”).
Fui descrito como “um profissional impreparado”.
Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”.
Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo.
É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”.
É banal um jornalista cair no desagrado do poder.
Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado.
Sem essa dialéctica só há monólogos.
Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar.
Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade.
Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados.
Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”.
Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre.
Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu.
O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público.
Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu.
Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.
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