sábado, 2 de maio de 2009

A Inocencia


O velho homem irradia no mundo uma satisfação de criança.

Há uma atmosfera de graça à sua volta, indicando que ele está bem consigo mesmo, e com o que a vida lhe proporcionou.

Parece que ele está conversando alegremente com o louva-a-Deus no seu dedo, como se os dois fossem os maiores amigos.

As flores cor de rosa que cascateiam em torno dele representam um tempo de deixar acontecer, de relaxamento, de doçura.

Elas são uma resposta à sua presença, um reflexo da sua própria natureza.

A inocência que advém de uma profunda experiência de vida é semelhante à de uma criança, sem ser infantil.

A inocência das crianças é bela, mas ignorante.

Ela será substituída por desconfiança e dúvida à medida que a criança for crescendo e aprendendo que o mundo pode ser um lugar perigoso e ameaçador.

A inocência, porém, de uma vida plenamente vivida tem um quê de sabedoria e da aceitação da vida em eterna mudança.

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